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Bruno José, do Guarani, incorpora nova função tática

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 7 (AFI) – Saudoso jornalista Brasil de Oliveira dizia frequentemente que até na mídia pouca gente consegue enxergar o futebol na sua essência, e tinha razão.

Quando fazia tal citação, convidava os seus ouvintes e leitores a raciocinarem como são movidas as pedras do tabuleiro, como se buscam alternativas para fazer o adversário cair em armadilha, assim como escapar delas.

Como discípulo de Brasil de Oliveira e convivência com treinadores que tinham muito a ensinar, como Zé Duarte, Cilinho, Evaristo de Macedo, Carlinhos do Flamengo, Muricy Ramalho, Dino Sani e Jair Picerni, entre outros, não há como ser reprovado na prova.

Já que o processo de aprendizagem é interminável, a proposta do blog, lançado há quase duas décadas no portal Futebol Interior, é amadurecer discussões sobre bola rolando.

Rascunhar acertos aqui e erros acolá é o objetivo, mas nem todos parceiros que fazem uso da seção de comentários, na plataforma https://blogdoari.futebolinterior.com.br/, agem assim.

O recomendável seria análise madura sobre os caminhos da bola, de forma que remeta os demais parceiros a reflexões sobre temas.

Pior: preferem provocações baratas que não acrescentam absolutamente nada na pauta.

BRUNO JOSÉ

Até se entende que torcedor é passional e acompanha o sopro do vento, mas convenhamos que o pouco já feito pelo treinador Pintado, como tentativa de mudança de cara daquele time indolente da Ponte Preta, não foi devidamente inserido pelos parceiros.

Bugrino que se preocupa em cutucar pontepretano com vara curta, vai custar a perceber que o treinador Umberto Louzer mudou a postura tática do atacante Bruno José.

Se até então o jogador, fixo pelo lado direito do campo, no máximo fazia assistência para companheiros, hoje executa o papel de finalizador.

Além de frequentemente fazer a diagonal, também tem se posicionado como se fosse centroavante, para ser lançado e terminar a jogada.

GOLS

Quem se lembrou apenas do gol de Bruno José contra o Ituano, quando, lançado pelo volante Matheus Barbosa, dominou a bola de costas, na posição de meia-direita, depois girou, escapou de dois adversários – um deles o lateral-esquerdo Mário Sérgio – e bateu cruzado na bola, fora do alcance do goleiro Jefferson Paulino, deve memorizar outros lances fundamentais.

Essa característica já havia sido repetida quando marcou o gol que deu início à virada do placar contra o Avaí.

Ele mesmo começou a jogada pelo lado esquerdo, fez a virada de bola à direita em busca de seu parceiro João Victor. Incontinenti o recuo de bola para o lateral Diogo Mateus, até o passe que buscava Bruno José, como se fosse centroavante. E o desfecho foi drible em defensor adversário antes da finalização, da mesma forma que marcou contra o Ituano.

Jogada treinada? Ensaiada exaustivamente?

Todos indícios são favoráveis, até porque diante do Ceará, em precioso lançamento do meia-atacante Bruninho, Bruno José estava posicionado por dentro, ganhou de defensor adversário na corrida, mas alongou demais a bola, propiciando defesa do goleiro Bruno Ferreira.

LORI SANDRI

Treinadores do passado, como o saudoso Lori Sandri, detalhavam como a jogada era treinada e se vangloriavam da execução.

Umberto Louzer prefere a discrição e mira o discurso na pluralidade.

Incrementos táticos que surtem efeito, como o citado, deveriam contar com participação mais ativa dos torcedores parceiros do blog.

Coisas que ainda precisam ser corrigidas deveriam também ser detalhadas.

Isso se encaixaria no verdadeiro perfil da coluna: mais reflexão e menos provocação.

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