São Paulo, SP, 14 (AFI) – Recebi uma fotografia do meu querido amigo Albino Castro com a formação do Corinthians de 1959. E estou respondendo a ele aqui na coluna do FUTEBOL INTERIOR para compartilhar com milhares de internautas. Esta foto mostra a formação corintiana que goleou, por 5 a 3, o Barcelona, dentro do estádio Camp Nou, na Espanha.
O Corinthians aproveitou o título mundial de 1958, do Brasil, para excursionar a vários países europeus, como França, Holanda, Alemanha, Portugal, Bélgica e Espanha. O técnico era Silvio Pirillo e a escalação era a seguinte: Olavo, Oreco, Goiano, Valmir, Gilmar e Roberto Bataglia, Rafael, Índio, Luizinho e Tite.
Deste time do Corinthians, que era bom, lembro de todos da foto. Em pé da esquerda para a direita: Olavo era um bom lateral que também jogava de central. Foi para o Santos em 62 e foi bicampeão mundial interclubes, dando uma sapecado no Benfica de Eusébio: 5 a 2.
Oreco foi campeão do mundo na Suécia, reserva de Orlando. Injustiçado foi cortado por Aimoré Moreira a mando de Paulo de Carvalho, que mandou o treinador convocar Jurandir do São Paulo. Brincadeira, né Oreco ainda era novo, estava em forma, tinha experiência, era campeão do mundo, pô. Jurandir era titular há um ano no São Paulo. Sacanagem. E o mais incrível: Roberto Dias, que era craque não foi chamado. E Jurandir foi campeão do mundo. Sumiu depois da volta do Chile.
Na sequência, Goiano. Bom jogador, mas nada além disso. Foi campeão paulista 4 anos antes da goto, pelo Corinthians em final contra o Palmeiras. Valmir, gaúcho, lateral esquerdo ou quarto zagueiro. Ficou pouco tempo por São Paulo. Gilmar do Corinthians Neves dispensa apresentação. Já era campeão mundial pela seleção jogando todas as partidas. O que também fez em 62. Último de pé Roberto Bataglia, único jogador de sua geração que lia livros nas concentrações antes dos jogos.
Agachados: dois da divisão de base do Timão: Vatahkia e Rafael Chiarelka. Inteligente bom de bola. Batagkua era jogador tático. Ponta direita favorito de Zezé Moreira quando este treinou o Corinthians. Índio, centroavante, veio do Flamengo. Marcava gols e era muito forte. Mas veio para o lugar de Baltazar que estava se aposentando e era ídolo insubstituível. Luisinho, pequeno polegar, era o ídolo da torcida. Sentava na bola na frente dos adversários.
Tite, o ponta esquerda era razoável, dava conta do recado. Tocava violão e o levava para a concentração. Como Olavo foi para o Santos um ano depois desta foto. Mesmo não sendo craque, Ari Barroso diria que seria melhor ele ficar nos gramados que agarrado ao plangente violão. Não consultei, palavra, nada no Google. Que aliás não teria a maioria destas informações. Ufa!