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Campinas, SP, 31 (AFI) Enfim a Ponte Preta deu uma respirada na classificação deste Paulistão, com a surpreendente vitória sobre a Portuguesa por 2 a 0, mesmo atuando no Estádio do Canindé, na noite desta quarta-feira. Claro que para vencer a Lusa, na condição de visitante, a Ponte Preta mostrou alguma melhora em relação àquele esquisito jogo contra a Inter de Limeira.
Teria melhorado o suficiente para o torcedor acreditar num término são e salvo neste Paulistão? Ainda não. Persistem aquelas indevidas ligações diretas, até quando são plenamente evitáveis. Embora observasse redução de erros de passes, esse quesito ainda precisa ser melhorado.
Exceto a lucidez do meia Élvis para criação de jogadas ofensivas, a Ponte Preta precisa encontrar outros caminhos para que a bola possa chegar qualificada ao centroavante Jeh, o único adiantado o tempo todo, agora com o time mostrando a cara daquele 4-2-3-1 tanto defendido por Brigatti.
A rigor, na única jogada de lucidez da ofensiva pontepretana durante o primeiro tempo, quando chegou ao fundo do campo para cruzamento do lateral-esquerdo Gabriel Risso, prevaleceu o oportunismo de Jeh para, em cabeçada indefensável, colocar a equipe em vantagem, aos 45 minutos.
JOÃO BRIGATTI
Desta vez tem-se que admitir que o treinador pontepretano João Brigatti traçou estratégia correta de sua equipe, considerando-se as limitações de seus jogadores.
Ao saber que o atacante de beirada Victor Andrade, da Portuguesa, é driblador, e pelo lado esquerdo o adversário poderia criar situações de embaraço contra a sua equipe, sabiamente ele dobrou a marcação por ali, com dois laterais, escalando Luiz Felipe para coadjuvar Igor Inocêncio na função.
Com o setor bem vigiado, bastava atenção para que o volume ofensivo da Portuguesa não fosse além de seguidas trocas de passes e sem a devida objetividade, tanto que durante o primeiro tempo ela ameaçou em apenas duas jogadas perigosas.
Primeiro aos 18 minutos, quando o centroavante Henrique Dourado chegou desequilibrado na finalização e desperdiçou a chance.
Depois, aos 48 minutos, quando o zagueiro Patrick aproveitou descuido de marcação da zaga pontepretana, ficou de frente para o goleiro Pedro Rocha, mas o chute foi em cima dele, que praticou a defesa.
SUFOCO
O segundo tempo foi um sufoco tremendo da Lusa sobre a Ponte Preta, que se defendia como podia, correndo seguidamente o risco de sofrer o empate.
Quando seus jogadores conseguiam desarmar o adversário, não prendiam a bola para evitar aquela pressão adversária.
Evidente que isso precisa ser corrigido, pois diante de um adversário de melhor capacidade para conclusões de jogadas, a situação será irremediável.
Em duas finalizações do jogador luso Eduardo Diniz, uma a bola foi devolvida pelo travessão, e em outra ele chutou para fora.
Quando o goleiro Pedro Rocha rebateu chute do meia Giovanni Augusto, na sequência mostrou reflexo para evitar que o atacante Paraízo completasse a jogada.
De quebra, quando a Lusa mais atacava, em uma das raras vezes que chegou ao ataque, a Ponte Preta sacramentou a vitória com gol do meia-atacante Dodô, agora mais participativo e complementando jogada iniciada com Igor Inocência, pela direita, desvio de cabeça de Élvis, após o cruzamento, e acompanhamento dele no toque final, aos 44 minutos do segundo tempo.
CONFIANÇA
De qualquer forma, apesar dos reparos que ainda precisam ser corrigidos, uma vitória na atual circunstância, na condição de visitante, pode restabelecer confiança nos atletas tensos pela situação, assim como dá mais tranquilidade para o treinador Brigatti procurar evoluir o potencial de seu time.
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