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Que vexame, hein Ponte Preta! Que falta de estudo, hein Brigatti!

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 16 (AFI) – O pontepretano tinha o discurso na ponta da língua para justificar a anunciada eliminação do Paulistão: ‘o time caiu de pé’.

Na prática, ele testemunhou o seu time cair ‘deitado’, atropelado, tal a facilidade que proporcionou ao Palmeiras para que aplicasse goleada por 5 a 1, como poderia ter reeditado aqueles 7 a 1 que a Seleção Brasileira sofreu para a Alemanha, na Copa do Mundo de 2014.

Que o time do Palmeiras é infinitamente superior, mais bem trabalhado e com farto repertório de jogadas ensaiadas, não se discute.

Daí à Ponte Preta oferecer incrível facilidade para que construísse esse largo placar, deixou o seu torcedor bastante decepcionado.

BRIGATTI

Ao longo da semana, o treinador João Brigatti, da Ponte Preta, disse que estudaria detalhadamente o time do Palmeiras, para colocar em prática uma forma de resistência.

Logo, o que se viu foi programar a equipe como se fosse um jogo contra Novorizontino ou Mirassol, ignorando que o buraco é mais embaixo quando o assunto é Palmeiras.

Brigatti sequer estudou como ajustar o seu time visando o melhor encaixe na partida.

Se era jogo tipicamente para se defender, por que não ter escolhido o lateral-direito Luiz Felipe, mais marcador que Ygor Inocêncio.

Deixar Luis Haquín na reserva e dar camisa para inconfiável Matheus Silva é questionável, a menos que seja apresentada justificativa convincente.

Ponte Preta não se preparou como devia para segurar o forte Palmeiras. Foto: Marcos Ribolli – Ponte Press

ELVIS

O trouxa, aqui, pregou no ‘deserto’ que não era jogo para o meia Élvis, devido à característica exigida teoricamente de marcação aos pontepretanos.

Pior: além de não contribuir para o desarme – o que não é a característica dele – foi anulado com incrível facilidade. Não viu a cara da bola e teve que ser ‘sacado’ no intervalo.

HOMEM A HOMEM

Estava na cara que a remotíssima possibilidade de a Ponte Preta endurecer para o Palmeiras seria colocar em prática a tal marcação ‘homem a homem’, que o trouxa aqui cansou de citar, mas homens bem pagos para ao menos avaliarem a estratégia simplesmente ignoraram.

Se a marcação fosse individualizada, presume-se que o lateral-esquerdo Piquerez, do Palmeiras, não teria tamanha liberdade para fazer o cruzamento que originou no primeiro gol, logo aos dois minutos.

No lance, o homem supostamente determinado para marcar o centroavante Flaco Lopez seria responsabilizado diretamente por permitir o cabeceio.

MATHEUS SILVA

Nem marcação homem a homem, nem por zona.

Enquanto Élvis andava em campo, a Ponte Preta carecia de mais um volante ‘pegador’, para evitar que o meia Raphael Veiga tivesse extrema liberdade para trabalhar a bola e municiar o ataque com passes criativos.

Essa liberdade que o time da Ponte Preta permitiu ao Palmeiras para tocar a bola, facilitou que continuasse pressionando.

Pior é que ainda caiu na armadilha preparada pelo treinador Abel Ferreira, do Palmeiras, quando se abriu indevidamente e deixou espaços em sua defensiva para que o adversário explorasse.

E ao receber passe do centroavante Endrick, Flaco Lopez soube explorar o desatento zagueiro pontepretano Mateus Silva, para chutar de primeira, no canto esquerdo, e ampliar a vantagem para 2 a 0, aos 18 minutos.

A marcação homem a homem, tão defendida aqui, obrigaria o centroavante Jeh a acompanhar o zagueiro Murilo no lance, quando ele se projetou à área pontepretana para subir, como quis, e testar naquele que foi o terceiro gol palmeirense, aos 38 minutos.

Acrescente parcela de culpa ao goleiro Pedro Rocha no lance, pois bola vindo do fundo e percorrendo todo interior da pequena área, obrigatoriamente deveria ser dele.

GOLS PERDIDOS

Se Flaco Lopez tivesse explorado mais duas chances, goleada mais elástica já seria desenhada no primeiro tempo.

Em mais um dos incontáveis descuidos de marcação dos zagueiros pontepretanos, no primeiro lance ele ficou cara a cara com o goleiro Pedro Rocha e praticamente ‘recuou’ a bola, propiciando a defesa.

Depois, aí sim Pedro Rocha fez defesa difícil, em bola cabeçada com endereço do chão.

MAIS DOIS

Aquelas ‘cantadas’ jogadas de fundo de campo do Palmeiras, com cruzamentos no chão ou por cima, continuaram se repetindo e atormentando o desinformado sistema de marcação pontepretano.

Em mais uma delas, mesmo se enroscando na primeira finalização, o lateral Piquerez ainda teve tempo para finalizar e marcar 4 a 0, aos 20 minutos.

E quatro minutos depois, em desenho semelhante de jogada pela direita, Floco Lopez, livre de marcação, só empurrou a bola para a rede: 5 a 0.

E se a trave não tivesse devolvido bola chutada por Veiga, antes do intervalo, seriam seis.

WEVERTON

A Ponte Preta conseguiu passar todo o jogo sem exigir uma defesa sequer do goleiro Weverton, do Palmeiras.

Naquele sofrido, aos 44 minutos, a bola desviou na barreira em falta cobrada pelo atacante Renato.

E quem se dispuser a conferir as estatísticas do jogo vai constatar que o Palmeiras foi mais firme para parar jogadas com faltas, quando se projetava que pelo menos nesse aspecto ela fosse liderar.

Se é que há males que vem para o bem, seria esse jogo servido para a cartolada da Ponte Preta avaliar que Mateus Silva não é confiável, caso haja objetivo de campanha recomendável na próxima Série B?

O elogiado Pedro Rocha, quando insistentemente exigido, comete erros que precisam de correção nas saídas da meta.

Se esse era jogo para a Ponte Preta se defender, alguém precisava avisar ao lateral-esquerdo Gabriel Risso que não precisava querer atacar e deixar buraco nas costas.

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