Florianópolis, SC, 21 (AFI) – CEO da SAF do Figueirense, Enrico Ambrogini concedeu um importante entrevista para detalhar a reestruturação do clube catarinense. Ao detalhar o plano para o pagamento de dívidas que ultrapassam os R$ 200 milhões, revelou que até 45% do orçamento do clube está sendo destinado para esse objetivo.
Ele explicou que cerca de R$ 170 milhões das dívidas são do Figueirense Associação e que cerca de R$ 28 milhões são da SAF. Ambrogini confirmou que R$ 1,1 milhão da dívida da SAF foi pago nos primeiros 90 dias de gestão.
“Temos que deixar claro a distinção de Figueirense Associação, que contraiu muita dívida, em torno de R$ 170 milhões, e a SAF, que tem de R$ 25 a 28 milhões. Nesses primeiros 90 dias já foram mais de R$ 1,1 milhão de dívidas paga da SAF, não da Associação Figueirense. Essa dívida corresponde a, mais ou menos, 40% do que eu tinha de orçamento”, explicou.
Em fevereiro deste ano, o Figueirense teve aprovada sua recuperação judicial e ganhou 60 dias para apresentar um plano de pagamentos aos credores.
O dirigente ainda explicou outra estratégia para aliviar o dia a dia do Figueirense: alongar as dívidas por mais tempo. Segundo ele, ter dívida não deveria assustar tanto, mas o problema é como elas estão estruturadas.
“Não é ruim ter dívida. Contando os aportes, nós vamos ter R$ 14 milhões de receita esse ano. Se pega R$ 28 milhões, não deveria assustar tanto, mas é o problema de como essa dívida está estruturada. Além de pagar dívida, tinha mais de R$ 2,3 milhões em impostos atrasados e conseguimos esse parcelamento em mais de 60 vezes”, detalhou.
SEM MUDAR O FOCO
Enrico Ambrogini ainda garantiu que o clube seguirá com os pagamentos e se recuperará financeiramente.
“Se a gente vai ser criticado ou não por causa de contratação não sei, mas o que eu garanto é que vamos ter poder de investimento futuro e não vai ter nada que vai atrasar o clube conforme a gente for pagando esse legado”, cravou.
APOIO DA TORCIDA
Ao comentar a queda do Figueirense nas quartas de final do Campeonato Catarinense para o Barra, Ambrogini classificou como ‘horroroso’, mas exaltou o apoio da torcida.
“Passamos de 4.509 sócios para 7.633. Apesar do nosso desempenho esportivo não ter sido dos melhores nas quartas de final, na verdade foi horroroso, a gente não teve queda. O torcedor entendeu que ele é o responsável para fazer esses investimentos. A vinda do Camilo, por exemplo, é graças ao aumento do número de sócios”, valorizou.
TEMPORADA DO FIGUEIRENSE
Eliminado do Catarinense, o time se prepara para a Série C do Campeonato Brasileiro, prevista para começar em 21 de abril. O primeiro desafio será diante do Ferroviário-CE em casa.