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Campinas, SP, 25 (AFI) – E aí Júnior Rocha, treinador do Guarani?
Você avisou à coletividade bugrina que derrotas e rendimentos aquém do esperado contra clubes que vieram do Brasileirão, na temporada passada, precisam ser compreendidos, mas sugeriu que em confrontos diante de adversários do nível Série B do Brasileiro o processo começaria a ser revertido.
Só que neste empate sem gols com o Paysandu, na noite deste sábado em Campinas, o torcedor bugrino conferiu os mesmos defeitos de jogos anteriores: falta de organização no meio de campo, raras jogadas pelos lados do campo e nenhum lance que exigisse pelo menos uma defesa difícil do goleiro Matheus Nogueira, do Paysandu.
Embora a constatação foi de um jogo em nível de igualdade, porque o Paysandu não soube ser contundente no último terço do campo, na prática ele esteve mais perto da vitória em duas chances reais não convertidas.
Primeiro quando o zagueiro bugrino Léo Santos salvou bola em direção ao gol, quase na risca fatal, em finalização que teria sido do zagueiro Lucas Maia ou centroavante Nicolas, aos 22 minutos.
E não é que aos 43 minutos do segundo tempo, quase Léo Santos ‘entregou o ouro’ ao inimigo em saída errada de bola, perda da disputa para o atacante Edinho, que serviu Bryan Borges em condições de marcar, já dentro da área, mas o chute foi para fora.
E O GUARANI?
Na ponta do lápis, o Guarani ficou restrito ofensivamente a apenas duas finalizações fracas do atacante Reinaldo, em cabeçada e chute, respectivamente em cada tempo de jogo, para defesas fáceis do goleiro Matheus Nogueira, e um chute sem direção do atacante Rafael Freitas.
Convenhamos: muito pouco para quem tem a obrigação de empreender reação e escapar do Z4 desta Série B do Brasileiro.
SÓ CORRERIA
Disposição para correr atrás da bola, Guarani e Paysandu tiveram até de sobra ao longo da partida, mas tecnicamente o jogo foi fraco.
Se o Paysandu cumpriu a promessa de seu comando técnico de partir para o ataque e jogar de igual por igual em busca do resultado, faltou-lhe a devida organização ao se aproximar da área bugrina, tanto que até o intervalo não havia criado uma oportunidade sequer de gol.
Já o Guarani, mais uma vez ficou sem a cobrada organização das jogadas, e mesmo quando se aproximou da área adversária, em incursões pelos lados do campo, abusou dos tais chuveirinhos.
E as arrancadas foram puxadas pelos atacantes João Victor e principalmente Reinaldo, pelo lado esquerdo, todavia sem consequências agudas.
LIMITAÇÕES TÉCNICAS
Difícil se extrair muito mais de um time que carece do meia organizador, que conta com um centroavante – como Luccas Paraizo – que raramente é abastecido em condições de completar uma jogada, e sem contundência em avanços de laterais.
A rigor, do lado esquerdo, Jefferson chegou ao fundo do campo em apenas uma vez ao longo da partida, e cruzando mal. Provavelmente, apenas com retorno de titulares lesionados se poderá esperar algo diferente da equipe na competição.
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