Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 28 (AFI) – Após a infinidade de chances de gols criadas pelo Guarani na vitória por 1 a 0 sobre o Brusque, o torcedor bugrino pergunta: será que agora vai?
Que a vitória na tarde deste domingo, em Campinas, era uma obrigatoriedade, todo bugrino sabia.
E aí, agora a equipe vai embalar?
Calma!
Disposição, perseverança e melhora de produtividade são fatos inquestionáveis, mas essa vitória precisa ser observada por dois ângulos.
GUARANI PODIA TER GOLEADO
Se as chances de gols criadas ao longo da partida fossem convertidas, claro que seria jogo para goleada histórica.
Finalizações dos atacantes João Victor e Airton com bola na trave.
Exceto conclusão fraca do meia Luan Dias em cima do goleiro Matheus Nogueira, sem colocar dificuldades para a defesa, em outros lances o ‘goleirão’ salvou a meta do Brusque.
Defendeu bola difícil na repentina cabeçada de João Victor. Depois, a testada na bola do centroavante Caio Dantas, em direção do canto direito, quando espalmou.
E já no segundo tempo, em novo arremate de Airton, sequer provocou rebote.
CHANCES & CHANCES
Antes disso, em bola ‘açucarada’ de Airton, o meia Luan Dias chegou um pouco atrasado para a definição. E ainda no desenrolar do segundo tempo, João Victor e principalmente Reinaldo tiveram chances claras para marcar, mas os chutes resultaram em bola para fora.
De repente, a bola do Guarani encontra o caminho das redes em cabeçada do volante Matheus Bueno, bem fora do estilo dele, logo aos três minutos do segundo tempo.
A bola, cruzada por Luan Dias pela direita, encontrou o volante bugrino levando vantagem sobre a hesitante defesa do Brusque.
OUTRA VERSÃO
Evidente que a vitória devolve a tão esperada confiança aos jogadores bugrinos para a espinhosa missão de reverter uma situação difícil, pois o clube subiu para 11 pontos, oito atrás da Chapecoense (19), o primeiro fora da zona de rebaixamento desta Série B do Brasileiro.
Sem objetivo de diminuir a vitória do Guarani, que também fique claro como pode o treinador do Brusque, Luizinho Vieira, escalar, na função de lateral-esquerdo, Alex Ruan?
Se Airton é o principal jogador da peça ofensiva do Guarani, Ruan jamais poderia marcá-lo à distância, ciente que não teria capacidade para acompanhá-lo.
FALTOU MARCAÇÃO DUPLA
E Luizinho Vieira também não se deu conta da necessidade de dobra de marcação, para que Airton não tivesse tanta liberdade para colocar em prática o seu futebol, na melhor partida realizada desde que chegou ao Guarani.
Aí o Brusque adota formação com três zagueiros e deixa no meio de campo apenas um jogador com característica de marcação, que é o volante Rodolfo.
Evidente que o Guarani nada tem a ver com desarranjos táticos de treinador adversário, e soube ser senhor absoluto de quase toda partida.
Se nos 15 minutos finais o adversário teve mais posse de bola, ficou claro que em nenhum momento o goleiro Vladimir foi exigido.
A volta do zagueiro Bacelar também serviu para fortalecer o setor defensivo do Guarani, que agora parte para tremendo desafio contra o Ceará, que dá indícios de recuperação na competição.
Se esta vitória sobre o Brusque será prenúncio de o Guarani deslanchar na sequência e se aproximar dos encrencados, o tempo dirá.
PÁREO DURO NO CASTELÃO
O próximo desafio será no dia seis de agosto, terça-feira da semana subsequente, quando enfrentará o Ceará em Fortaleza, a partir das 21h.
Independentemente da performance do time cearense contra o América Mineiro em Belo Horizonte, também neste domingo, na quinta-feira ele esmagou o Botafogo ao goleá-lo por 4 a 1 e, caso repita aquele futebol, será páreo duro para os bugrinos.
