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Blog do Ari – Este empate caiu no ‘colo’ da Ponte Preta

Campinas, SP, 31 (AFI) – Estava tudo fácil para o Santos quando o empate caiu no ‘colo’ da Ponte Preta. Futebol tem coisas que nem o futebol explica. Um jogo em que o Santos vencia a Ponte Preta com relativa facilidade por 2 a 0 durante o primeiro tempo, e o time pontepretano indo para o intervalo com a um jogador menos, devido à expulsão do meia Élvis, aos 45 minutos, teoricamente seria prenúncio de placar mais ampliado na sequência.

Todavia, a preocupação básica em administrar a vantagem no segundo tempo, aliada à redução de intensidade, perda de qualidade nas substituições de atletas e falhas nos dois gols da Ponte Preta resultaram no empate por 2 a 2, na noite desta sexta-feira, na Vila Belmiro.

Jeh fez 1º gol da Ponte Preta na Vila Belmiro. Foto: Anderson Lira – Ponte Press

TRÊS ATACANTES

De tanto ‘buzinarem’ no ouvido do treinador Nelsinho Baptista, da Ponte Preta, que a melhor defesa é o ataque, ele decidiu ouvir incautos da bola e se aventurou escalar a sua equipe com três atacantes fora de casa: Iago Dias, Jeh e Gabriel Novaes.

E aí, o que aconteceu?

A bola não chegava ao ataque, tanto que durante o primeiro tempo houve registro apenas de uma finalização de fora da área de Gabriel Novaes, para fácil defesa do goleiro Gabriel Brazão.

Além de a bola quase não chegar ao ataque pontepretano, Iago Dias e Gabriel Novaes, que atuavam pelas beiradas, não marcaram suficientemente os avanços dos laterais Hayner e Souza da equipe santista.

A BOLA NÃO CHEGAVA

A rigor, ao serem substituídos no transcorrer do segundo tempo, o Santos perdeu bastante da intensidade ofensiva.

E por que a bola não chegava ao ataque da Ponte Preta?

Com o Santos adotando linha alta para pressionar a saída de bola dela, os laterais Igor Inocêncio e Gabriel Risso não tiveram chance de avançar.

Aí, se os seus zagueiros não qualificam a saída de bola até quando a situação permite, imaginem pressionados?

Ao optarem por chutões, presenteiam a bola basicamente ao adversário.

Ora, se o meio de campo dispôs apenas dos volantes Castro e Hudson para a marcação – porque não se conta com o meia Élvis para combatividade -, o que se viu, no primeiro tempo, foi uma Ponte Preta desfigurada e o placar de 2 a 0 para o Santos só não havia sido ampliado porque a equipe se atrapalhava ao atingir o chamado último terço do campo.

Dodô empatou no final. Foto: Anderson Lira – Ponte press

DEFESA DA PONTE PRETA

Como a Ponte Preta carecia de mais combatividade na cabeça da área, era natural que pelo volume de jogo imposto pelo Santos o gol não tardaria a ocorrer.

E surgiu aos 23 minutos, após cruzamento do lado esquerdo através do atacante Guilherme, falha inicialmente do zagueiro Sérgio Raphael que permitiu ao atacante Wendel Silva ajeitar a bola de cabeça para que o meia Giuliano, também de testa, apenas a empurrasse à rede.

Dez minutos depois, após cobrança de escanteio para o Santos, e indecisão de Gabriel Risso para encurtar a distância do zagueiro santista João Basso, a conclusão da jogada foi bola ajeitada e chute no canto esquerdo do goleiro Pedro Rocha; 2 a 0.

PONTE PRETA SEM CRIAÇÃO

Como a Ponte Preta desde o início do jogo não contava com o futebol de Élvis, facilmente absorvido pela marcação adversária, eis que apareceu o volante Hudson para criar jogadas através de lançamentos no segundo tempo.

Assim foi iniciado o contra-ataque explorado por Gabriel Novaes e Jeh, pelo lado esquerdo, com conclusão certeira do centroavante aos dez minutos do segundo tempo, em lance que contou com falha do zagueiro Basso, do Santos.

Dodô marcou 2º gol da Ponte Preta na Vila Belmiro. Foto: Anderson Lira

Mesmo assim, o gol não implicava em esperança para a Ponte Preta, ainda acuada em seu campo defensivo, preocupava em fechar espaços do Santos já menos impetuoso.

E quando a partida se arrastava daquela forma, eis que um erro do lateral Rodrigo Ferreira, que caído tentou desviar a bola pelo lado esquerdo, na prática presenteou o ataque da Ponte Preta, até que o meia Dodô fosse servido e arrematasse no canto direito do goleiro Brazão, aos 46 minutos.

HUDSON FOI BEM !

Com a bola nos pés, o volante Hudson deu indícios de construções de algumas jogadas de trás, o que justifica Nelsinho Baptista ter deixado na reserva Ramon e Émerson Santos, que têm jogado.

A má fase do lateral Gabriel Risso recomenda que seja revista a titularidade dele, e fica a obrigação para este time pontepretano vencer a fraca Chapecoense em Campinas, na próxima rodada. 

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