Salvador, BA, 22 (AFI) – Mesmo após a vitória suada por 1 a 0 sobre o Ceará, com gol de pênalti de Everton Ribeiro aos 58 minutos do segundo tempo, Rogério Ceni não se empolgou. Em entrevista coletiva, o técnico do Bahia avaliou o desempenho como “razoável” e reconheceu as dificuldades ofensivas do time. “Conseguimos chegar no último terço, mas com muita dificuldade para fazer gols. Faltou presença dentro da área. Não temos tantos jogadores com essa característica”, afirmou.
Ceni ressaltou que o Bahia teve controle de jogo e competitividade, mas destacou que a equipe vem sofrendo para criar chances claras. “Acho que competimos, tivemos controle de jogo, mas temos sofrido muito para fazer gols, para criar oportunidades”, disse o treinador, que também minimizou a diferença apertada no placar. “Foi no último minuto, mas olha essa rodada: nenhum jogo teve mais de um gol de diferença.”
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Além do desempenho, o técnico comentou as ausências de titulares, que geraram questionamentos da torcida. “Eu entendo quando o torcedor não vê os dez que mais atuam em campo. A gente segue alguns indícios que os atletas dão. Quando você tem algumas lesões, a tendência é ter mais se continuar repetindo. Rodamos o time e conseguimos vencer. Foi importante”, explicou.
Com um calendário apertado e jogos a cada menos de 70 horas, Ceni tem optado por dar rodagem ao elenco e preservar jogadores. “A gente contratou para formar um elenco. Não trouxemos ninguém bombástico, mas são todos muito bons e precisam de chances. Se não distribuirmos, não vamos sobreviver.”
SOBRE A BASE!
A utilização crescente de jogadores da base também foi pauta da coletiva. Sincero, Ceni admitiu que as oportunidades aos jovens têm vindo mais por necessidade do que por planejamento. “Eu seria hipócrita se falasse que eles jogariam mesmo com os outros em condições. Hoje a gente usa mais garotos porque nos faz falta os atletas lesionados. Ninguém está pronto com 16 anos.”
Ceni destacou nomes como Ruan Pablo, Fredi e Tiago, que ganharam minutos recentemente, e disse acreditar no potencial de retorno esportivo e financeiro da base no médio prazo. “É o futuro do Bahia, são os jogadores jovens jogando, mas hoje ainda não é possível. Queremos oferecer mais minutos com o tempo.” O próximo compromisso do Tricolor será contra o Atlético Nacional-COL pela Libertadores, antes de visitar o Palmeiras pelo Brasileirão.