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Cleber Xavier admite incerteza sobre permanência de Neymar

São Paulo, SP, 02, (AFI) – O Santos foi derrotado pelo Botafogo por 1 a 0 na noite deste sábado, na Vila Belmiro, em partida válida pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mesmo com mais volume ofensivo e maior número de finalizações, o Peixe não conseguiu evitar mais um revés na competição. Com apenas oito pontos conquistados, a equipe alvinegra permanece na 18ª colocação, dentro da zona de rebaixamento.

O resultado negativo gerou forte insatisfação do técnico Cleber Xavier, que, em entrevista coletiva após a partida, lamentou principalmente a expulsão de Neymar, ainda no primeiro tempo. O camisa 10, que recentemente se recuperou de lesão, deixou o Santos com um a menos e complicou a estratégia da equipe.

— Qualquer expulsão atrapalha, ainda mais sendo Neymar, que tratou e recuperou para estar à disposição e ficar muito tempo em campo. Quando tu perde um jogador, já é ruim, quando perde um jogador como ele, então… Não me lembro de outra chance de gol que o Botafogo tenha tido no jogo. Foi difícil, sim, jogar sem ele — comentou Cleber.

DESEMPENHO DO SANTOS

Apesar da inferioridade numérica, o Santos conseguiu criar mais oportunidades do que o adversário. Foram 17 finalizações do Peixe contra 12 do Botafogo. Contudo, faltou precisão nas conclusões e, quando o time conseguiu finalizar com qualidade, parou nas boas defesas do goleiro adversário ou viu a bola acertar a trave.

Cleber Xavier exaltou a postura da equipe, apesar do resultado. Ele destacou o desempenho dos laterais e a estratégia de posicionamento ofensivo:

— Resultado injusto, pelo volume, pelas chances que criamos. Tivemos defesa, bola na trave. Foi muito importante a manutenção do Souza, que fez dois grandes jogos. Conversei com o Escobar e trabalhei para ele estar ali na direita. A ideia de jogar com dois laterais esquerdos foi algo que fluiu bem. Ter o Rollheiser e Neymar por dentro, com Barreal e Guilherme abertos… Usaríamos Tiquinho e Deivid, mas não vi necessidade. Gostei da equipe do jeito que ela jogou. Infelizmente, não veio a vitória.

FUTURO INCERTO

Com contrato válido até o dia 30 de junho, Neymar ainda não sabe se continuará vestindo a camisa do Santos. Questionado sobre o futuro do jogador, Cleber Xavier preferiu adotar cautela e disse não ter informações concretas.

— Costumo pensar jogo a jogo. O pensamento era hoje, em busca da vitória ou no mínimo um empate. Não terei ele contra o Fortaleza, tive ele nos três últimos jogos. CRB quase muda o jogo, Vitória ajuda a segurar e cria situações e hoje teve grande atuação, até pelo pouco tempo de treino. Não me passaram nada sobre ele, não — afirmou.

Além de comentar sobre a expulsão de Neymar e o desempenho da equipe, Cleber também respondeu sobre outros assuntos importantes. A saída do CEO Pedro Martins, por exemplo, foi tratada com naturalidade pelo treinador:

— Eu era muito alinhado e não se tem outra forma de se trabalhar. Espero a contratação do novo executivo para trabalhar ajustado. O mais rápido que a gente possa se concentrar mais e começar a falar sobre isso.

Sobre o desempenho ofensivo, o técnico reconheceu a necessidade de melhorar a efetividade nas finalizações:

— Precisamos ser mais efetivos. A gente está criando as oportunidades. Não estamos conseguindo ser efetivos. A segunda forma é a mudança. Testar, experimentar situações. Seguir trabalhando, analisar, mostrar, ajustar.

CONDIÇÃO FÍSICA DO ELENCO

A ausência de Thaciano também foi explicada por Cleber, que optou por deixá-lo no banco de reservas:

— Difícil falar sobre quem não estava. Estou com grupo grande de atletas. Preparei ele rápido para nos ajudar. Foi no sacrifício. Hoje, foi uma opção. Tinha várias situações e iria começar com Neymar e Rollheiser. Tive outras opções. Preteri o Thaciano nesse jogo.

Por fim, o treinador comentou sobre as condições físicas do elenco, ressaltando o desgaste de alguns jogadores e o retorno gradual após lesões.

— Reequilibrar o grupo, jogadores voltando de lesão. Muito tempo sem jogar. Melhor jogo do Zé desde que chegou e Rollheiser também. Minha ideia não era mexer. Rollheiser sai pelo desgaste. Fiquei com medo de perder o Zé. Rincón sentiu a panturrilha — concluiu.

Agora, o Santos volta a campo para enfrentar o Fortaleza, fora de casa, em mais um desafio importante na luta contra o rebaixamento.