São Paulo, SP, 05 (AFI) – O debate acalorado sobre a presença de técnicos estrangeiros no futebol brasileiro, que gerou constrangimento em um evento oficial da CBF na última terça-feira (04), ganhou um novo capítulo nas redes sociais com a intervenção de Falcão. Em meio a uma enxurrada de críticas direcionadas a Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira pela postura considerada “xenofóbica e grosseria” diante de Carlo Ancelotti, o craque do futsal aproveitou o momento para lançar ironias ao seu antigo desafeto.
Em quase todas as publicações que criticavam Leão, Falcão comentou, em tom de sarcasmo. Em uma das postagens que viralizaram, ele se referiu ao ex-treinador como um “gentleman”. A ironia imediata fez a internet revisitar a antiga e conturbada relação entre os dois, que teve seu auge em 2005, durante a breve e fracassada passagem de Falcão pelo futebol de campo do São Paulo.
A polêmica original no Morumbi começou quando o então presidente Marcelo Portugal Gouveia contratou Falcão, a contragosto de Leão, que era o técnico da equipe. A jogada de marketing não foi bem recebida pelo treinador, que se sentiu incomodado por não ter sido consultado e por ter que gerenciar a expectativa em torno de um ídolo de outra modalidade.
Na época, Leão deu pouquíssimas chances a Falcão no time principal, o que gerou atrito e acusações de perseguição por parte do jogador. Falcão, que chegou a ficar deprimido e passar noites sem dormir por causa da situação, acabou retornando ao futsal após cerca de quatro meses no clube. A desavença tornou-se pública e pessoal, com Falcão declarando, anos depois, que a vaidade de Leão atrapalhou o projeto.
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Agora, quase duas décadas depois, as redes sociais se tornaram o palco para a revanche de Falcão. Ao chamar Leão de “gentleman” no momento em que o ex-goleiro é duramente criticado por sua falta de elegância no evento da CBF, Falcão não apenas ironiza a postura atual, mas também cutuca a ferida do passado. A atitude do craque do futsal gerou engajamento massivo e solidariedade de muitos internautas que se lembravam do tratamento dispensado a ele em 2005.
