Campo Grande, MT, 03 (AFI) – A eleição que definira a nova diretoria da Federação Mato-Grossense de Futebol foi suspensa na manhã deste sábado. A decisão acatou um pedido da Chapa Federação Para Todos, encabeçada pelo empresário João Dorileo Leal, que apontou irregularidades no processo.
A eleição é turbulenta e ganhou capítulos novos recentemente, como a rejeição de um recurso de Aron e até pedido de prisão, após Reydner Souza acusar Aron Dresch de falsificação de documentos.
A eleição deste sábado chegou a ter início, mas com pouco mais de 10 minutos de pleito, foi interrompida por um oficial de justiça. Segundo o documento, a medida busca garantir transparência e correção no processo eleitoral da FMF.
Na sexta-feira, uma decisão judicial surpreendeu a todos ao impedir o clube Campo Novo do Parecis de votar. Ele declarou apoio a Chapa de Dorileo. Além disso, houve a suspeita do clube Juara, que não teria direito legal ao voto, fosse incluído na votação, favorecendo a chapa de Dresch, que busca a reeleição.
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ENTENDA O CASO
Segundo o Ministério, há indícios de falta de transparência no processo e denúncias de compra de votos entre os clubes e ligas filiadas.
A investigação aponta “descumprimento das condições e do prazo para a realização de eleição para a presidência da entidade; ausência de transparência no processo eleitoral; e até compra de votos dos presidentes de clubes e ligas filiados à entidade”.
O Ministério Público destacou também a importância da apuração, sem interferir diretamente na autonomia da entidade. “As eventuais irregularidades no processo eleitoral da Federação Estadual de Futebol justificam a intervenção ministerial, sempre com respeito à autonomia da entidade e sem prejuízo das competências de órgãos especializados quanto a outras esferas de interesse difuso”, afirma o texto.
A Promotoria quer que a FMF envie uma série de documentos que ainda não foram divulgados. Entre eles, o estatuto da entidade, o regulamento eleitoral, o cronograma da eleição e os critérios para definir quem pode votar e quem pode ser candidato.
Também foram solicitadas informações sobre a comissão eleitoral, o comitê de resolução de disputas da CBMA e o sistema de votação que será utilizado.
A investigação busca garantir mais transparência no processo e apurar se houve suborno ou manipulação para favorecer alguma candidatura.