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SAF, um provável caminho para a redenção da Ponte Preta

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 7 (AFI) – É gratificante deparar com internautas lúcidos e realistas como o pontepretano Márcio, antigo frequentador do blog, que ultimamente prefere nem fazer repetição de opinião consolidada sobre o clube.

Todavia, nesta semana ele retornou à seção de comentários no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/ e lascou:
“Em relação às torcidas de Campinas, óbvio que numericamente as duas são próximas. Se eles (Guarani) têm três por cento, nós temos quatro. Acorda macacada. Eu amo a Ponte, mas estamos numa draga de dar dó. Talvez uma SAF nos salvará da insolvência”.

Quem diria que um dia fosse concordar que de fato uma SAF fosse o caminho indicado para a redenção da Ponte Preta, devido à incapacidade dos gestores nas últimas décadas.

SAF, palavra da moda, significa Sociedade Anônima do Futebol, criada em agosto de 2021 para estimular clubes – associação civil sem fins lucrativos – a migrarem para a categoria empresarial, assumindo o passivo financeiro e criando condições de recuperação, conforme a lei 14.193/2021.

CARÊNCIA DE DIRIGENTES

Há tempos a Ponte Preta carece de dirigentes de ofício para gerir futebol, e até administrativamente faltaram aqueles capazes de evitar o atoleiro financeiro que o clube foi enfiado.

Evidente que a Lei Pelé resultou em sangria para clubes de médio porte como a Ponte Preta, ao matar ‘a galinha de ouro’ de formadores de atletas com potencial, como ela, que tinham significativo retorno financeiro nas transações diretas entre agremiações.

Hoje, o garoto qualificado é disputado por empresários ainda no nascedouro para o futebol, e o destino geralmente é grande clube e até alguns do exterior.

Apesar desse despropósito, evidente que outrora dirigentes com ‘jogo de cintura’ sabiam dar um ‘norte’ para o clube até em situações turbulentas.

EBERLIN

Confesso que me equivoquei em relação ao presidente pontepretano Marco Eberlin, que conheci nos anos 90, ainda no Departamento Amador da Ponte Preta.

Publiquei texto em julho de 2014 qualificando-o como o último membro de diretoria da Ponte que conhecia do riscado.

Errei! Ele também não tem o devido discernimento para prosperidade do futebol.

A situação contrasta com os anos 70 e 80 quando o clube dispunha de dirigentes qualificados como Geraldo Camargo (Camarguinho), Luiz Antonio Campagnone, Armando Mendonça, Peri Chaib e Lauro Moraes, que ‘sacavam’ logo treinadores que enrolam incautos da bola com palavras bem encaixadas.

Peri Chaib transportou para o profissionalismo a malícia do futebol amador, a fim de não ser enganado por trapalhões do meio.

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