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Até parecia que o Guarani jogava em Ribeirão Preto

BLOG DO ARI

Campinas, SP, 27 (AFI) – Um dia a desculpa foi que a chuva deixou o gramado do Estádio Brinco de Ouro encharcado e prejudicou o rendimento da equipe bugrina, no empate por 1 a 1 com o Vila Nova.

Outro dia o lero-lero foi que empate fora de casa é vitória, como na partida em Mirassol.

Ignorou-se que faz tempo que o Guarani não repete atuações para credenciamento ao acesso nesta Série B do Brasileiro.

Consequência disso foi a derrota para o Botafogo por 1 a 0, mesmo atuando em Campinas, na noite desta sexta-feira.

SUBESTIMAR ADVERSÁRIOS

Depois daquela paúra do Guarani para não perder o jogo em Mirassol, quando ficou lá atrás visando sustentar o empate sem gols, foi colocado aqui com todas as letras que havia subestimado seus três próximos adversários, julgando que, por estar mais bem situado na classificação, faria os nove pontos, que o colocariam bem próximo do acesso.

Aí esqueceram do dito de mil, novecentos e bolinha que ‘futebol é jogado e lambari é pescado’.

LUCÃO EXPULSO

Futebol é feito de imprevisibilidades e ela mostrou a sua cara aos 33 minutos do primeiro tempo na noite desta sexta-feira em Campinas, quando o zagueiro bugrino Lucão ‘matou’ contra-ataque do Botafogo, ao cometer falta sobre o atacante botafoguense Mantuan, quando era o último homem bugrino na jogada. Logo, foi expulso.

Como a falta foi clara, agiu corretamente o árbitro Maguielson Lima Barbosa ao determinar a expulsão de Lucão, restando, no caso, reclamações improcedentes do zagueiro Alan Santos e lateral-direito Diogo Mateus, que quiseram transferir responsabilidade pela derrota à arbitragem.

Deveriam, sim, ter altocrítica e reconhecido que o Guarani abusou de erros de passes, não teve o homem da organização de jogadas, as triangulações pelos lados do campo não fluíram, foram minguadas as oportunidades de gols, e o Botafogo foi absoluto em campo a partir da segunda metade do primeiro tempo.

PARECIA O SANTA CRUZ

Após o intervalo, a impressão que se tinha era que a partida estava sendo disputada no Estádio Santa Cruz do Botafogo, em Ribeirão Preto, tal era o domínio absoluto do visitante, que trocava passes curtos sem pressa, esperando a brecha para espetar.

E como o Guarani ficou acuado em seu campo defensivo, só saindo nos minutos finais em busca do gol da vitória, deixou o corredor do lado direito de sua defesa aberto, possibilitando que, em contra-ataque puxado por Lucas Cardoso, do Botafogo, a bola fosse se oferecer ao atacante Toró, que apenas teve o ‘trabalho’ de complementar a jogada para o gol, aos 46 minutos do segundo tempo.

A rigor, neste contra-ataque, o Guarani defendia com dois jogadores e o Botafogo atacava com três.

OUTRAS CHANCES

Antes disso, o mesmo Toró teve outras duas chances para marcar.

Na primeira, o chute fraco não ofereceu dificuldade para o goleiro bugrino Pegorari.

Na segunda, logo aos dois minutos do segundo tempo, o chute foi certeiro, mas interceptado pelo goleiro que cedeu escanteio.

Já o Guarani, durante toda partida, teve apenas duas chances, ambas desperdiçadas.

Primeiro em chute forte, rasteiro, de fora da área, do atacante João Victor, com bola rebatida pelo goleiro Matheus Albino nos pés do atacante Bruno José, que chutou sobre o travessão.

Depois, em hesitação de zagueiros botafoguenses, o centroavante Bruno Mendes chutou para fora.

NOVORIZONTINO

Nas incertezas desta Série B do Campeonato Brasileiro, o torcedor pode esperar de tudo.

Se o Novorizontino havia caído de cotação para acesso na derrota para o Botafogo por 2 a 0, na rodada passada, voltou ao páreo ao fazer o dever de casa e vencer a Ponte Preta pelo mesmo placar.

Jogos dos clubes de Campinas em horário simultâneo fez com que minha atenção ficasse centrada para Guarani e Botafogo, transmitido pela TV Band-Campinas, mas, no computador, através do Premiere, deu pra acompanhar por cima o jogo marcado por equilíbrio durante o primeiro tempo entre Novorizontino e Ponte Preta, mas o time de Novo Horizonte tomou conta da partida durante o segundo tempo, quando estabeleceu a vantagem por 2 a 0, assim como teve chances até de ampliá-la.

PONTE PRETA

Agora o caldo começou a engrossar para a Ponte Preta que, parada nos 35 pontos, tem que esperar no máximo o empate da Chapecoense diante do Tombense.

Caso prevaleça o favoritismo do time catarinense e vença a partida, ele vai subir para 36 pontos e assim passará o bastão do Z4 à Ponte Preta.

SPORT

A instabilidade do Sport pode ser uma porta aberta aos clubes pretendentes ao acesso nesta Série B.

Mesmo quando vence, o time pernambucano não tem convencido, como ocorreu diante da Chapecoense por 2 a 1, de virada, mas nesta sexta-feira perdeu para o oscilante Ceará também por 2 a 1. Logo, nesta competição marcada por imprevisibilidades, do Mirassol pra cima todos têm chances de atingir o objetivo.  

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