Campinas, SP, 27 (AFI)- Dicá está de volta ao Majestoso. Isso mesmo! O maior jogador da história da Ponte Preta esteve, nesta quinta-feira, visitando os amigos no estádio Moisés Lucarelli, em especial ao técnico Nelsinho Baptista, um amigo de adolescência quando ambos começaram a carreira na base do clube (1966). Um pé quente que disputou 32 dérbis (entre 1969 e 1984), com 13 vitórias, 16 empates e apenas três derrotas. Foram três gols: em 1971, 1977 e 1983.
Os dois conversaram bastante, lembraram os grandes momentos vividos juntos e, claro, também sobre o Dérbi 207, que será realizado domingo no Brinco de Ouro diante do rival Guarani.
“Além do prazer de abraçar um amigo, fica sempre a emoção de pisar no Majestoso, que é minha segunda casa. Fiz questão de vir aqui e dar um abraço e reafirmar a minha confiança e torcida pela Ponte Preta” – comentou o ‘Mestre Dicá’, como é chamado carinhosamente pela torcida.
Nos últimos anos, o ex-meia pontepretano realmente ficou um pouco distante do clube por estar ainda enfrentando problemas familiares – com a esposa doente.
NELSINHO EMOCIONADO
Nelsinho Baptista ficou super contente de receber uma visita tão especial, alguém que dedicou sua vida à Ponte Preta e que ainda, com certeza, vibra e sente amor pelo clube.
“É muito emocionante rever um amigo. Nós jogamos juntos lá nos anos 1960, fomos campeões em 1969 (Divisão de Acesso) e estamos firmes, podendo ainda ajudar a Ponte Preta a seguir a sua história. A presença dele aqui é importante, uma energia positiva, uma pessoa vencedora e grande exemplo para todos nós” – comentou.
DICÁ, O MAIOR DE TODOS
O ex-meia Dicá registrou sua passagem no estádio com uma foto ladeado por Nelsinho e pelo auxiliar técnico Nenê Santana, outro que também já atuou na Ponte Preta, como zagueiro nos anos de 1980. Por fim, conversou com o presidente Marco Antônio Eberlin.
Dicá, o Oscar Salles Bueno Filho, é o maior jogador da história dos quase 124 anos da Ponte Preta. Exímio cobrador de faltas (marcou 59 gols desta forma), se tornou o maior artilheiro do clube, com 155 gols, e ainda vestiu a camisa a Macaca por 581 vezes (recorde) em três décadas: 60, 70 e 80. Sagrou-se campeão da Divisão Intermediária de 1969 e três vezes vice-campeão paulista – 1977, 1979 e 1981.
Foi diretor de futebol entre 2008 e 2009. Não por acaso tem um busto no Salão Nobre do estádio Moisés Lucarelli, uma honraria única a um ex-jogador.
“No domingo estarei ligado e passando energias positivas para a Ponte Preta”, prometeu.