Recife, PE, 19 (AFI) – O Náutico entra em campo neste sábado pressionado por um peso que vai além do tabu contra a Ponte Preta. O Alvirrubro soma sua quinta participação na Série C nos últimos oito anos, um retrato incômodo para um clube de tanta tradição. O único alívio nesse período foi o título de 2019, mas desde então a equipe não conseguiu repetir um desempenho competitivo.
O histórico recente reforça as dificuldades. Em 2023, o Náutico terminou apenas em décimo, sem sequer disputar o quadrangular. Em 2024, a campanha também não convenceu: caiu na primeira fase, em nono lugar. São resultados que colocam em xeque a capacidade de reação do time quando a competição exige regularidade.
Se a Série C se transformou em rotina indesejada, o tabu contra a Ponte é outro fantasma. Já são 13 anos sem vitória diante da Macaca nos Aflitos. A última foi em 2012, pela Série A, com um 3 a 0 construído por dois gols de Kieza e um de Souza. Desde então, quatro confrontos no estádio: três derrotas e um empate para o Timbu.
O duelo mais recente foi justamente neste ano, pela primeira fase da Série C, também nos Aflitos. E novamente o Náutico não conseguiu se impor: perdeu por 1 a 0 para a Ponte, que mostrou força mesmo atuando fora de casa. Nem mesmo na Arena de Pernambuco o cenário foi diferente, já que a equipe paulista também acumulou resultados melhores no período.
SITUAÇÃO NA TABELA
No quadrangular, a pressão cresce. A Ponte lidera o Grupo B com seis pontos e pode encaminhar a classificação em caso de vitória. O Guarani soma três, mesma pontuação do Náutico, que aparece em terceiro pelos critérios de desempate. Ou seja, o confronto direto em Campinas se torna decisivo para manter o Timbu vivo na disputa.
Mais do que um tabu, porém, o jogo expõe uma realidade difícil de ignorar. Para um clube que já esteve no protagonismo do futebol nacional, viver repetidas campanhas na Série C e se apoiar em feitos isolados é pouco. O Náutico precisa transformar discurso em consistência — caso contrário, seguirá colecionando estatísticas que só reforçam a queda de competitividade.
