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Palavra do leitor – 19/02/2023 | Diário do Grande ABC

Chocolates Pan

Assistir ao processo de precarização da Chocolates Pan é um martírio não apenas econômico, mas também sentimental. É muito difícil ver que se aproxima do fim uma marca que fez parte da minha infância e, acredito piamente, de praticamente todos os brasileiros. Os lápis de cor, as moedinhas, as uvas passas, os licores, tudo coberto por camadas de chocolate! E até os agora politicamente incorretos cigarrinhos de chocolate? Eu passava horas e horas com eles entre os dedos, levando-os à boca, para imitar os adultos que fumavam cigarros de verdade! Sei que hoje é impensável a existência de um produto como este nas prateleiras, ainda mais voltados para as crianças. Mas a Pan nos traz lembranças tão intensamente indeléveis que nem mesmo o desastroso desfecho que, lamentavelmente, se aproxima da fábrica de São Caetano é capaz de apagar.

Teresa de Fátima Vicks

Santo André

Selic – 1

Parece-me legítimo que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, eleito para cuidar dos interesses da população brasileira, indigne-se com a cobrança de uma taxa básica de juros – que atingiu estratosféricos 13,75% ao ano – que destrói o poder de compra do consumidor, especialmente o dos mais pobres. Ah, mas a inflação corrói muito mais! Pode até ser; neste caso, então, seria necessário descobrir um terceiro remédio, que matasse apenas o vírus causador da doença e não também o paciente, que é o que estamos vendo.

Antônio Ozeiro Tabul

Diadema

Selic – 2

Se por acaso a situação atual fosse Bolsonaro eleito presidente e no Banco Central, com esta mesma taxa de 13,75%, estivesse um apoiador de Lula, o PT cederia o cargo para o presidente eleito?

Tania Tavares

Capital

Segurança pública

O cantor Péricles, infelizmente, teve o seu veículo roubado em Santo André na noite de quinta-feira. Igualzinho a muitas pessoas comuns, que se tornam alvos fáceis de uma bandidagem cada vez mais destemida e ousada. Mas as semelhanças se esgotam por aí. Menos de 24 horas depois, a polícia já havia recuperado o carro do artista em um desmanche na Zona Leste da Capital. Ou seja: quando a vítima é alguém famoso, que atrai os holofotes da imprensa e da opinião pública em geral, as autoridades parecem tomar uma injeção de eficiência e cumprem rapidamente o seu papel. Já quando os ladrões tomam os bens de quem não tem voz nem vez,os casos se perdem nos escaninhos da burocracia investigativa paulista e vão parar no rol dos episódios não resolvidos. O mundo é injusto, até nestes momentos.

Anselmo Brusquer

São Bernardo